Histórico

 Fundação da Academia
Rio-Grandina de letras

A Academia Rio-Grandina de Letras – foi fundada na noite de 14 de março de 1981, conforme registro feito na seguinte ata, sem número:

“Aos quatorze dias do mês de março do ano mil novecentos e oitenta e um, sábado, à noite – noite esplêndida depois de uma tarde de chuva e trovoada – com o Auditório Barão de Vila Isabel, da Biblioteca Rio-Grandense, literalmente lotado por seleta assistência, realizou-se o Festival Cultural de Poesia e Declamação com que a “Casa do Poeta Rio-grandino” comemorou seu 9° aniversário de criação nessa passagem do “Dia Nacional da Poesia” e onde foi desenvolvido, com brilho, um adequado programa. A reunião foi aberta pelo teatrólogo Coriolano Benício, vice-presidente em exercício da Casa do Poeta, tendo tomado parte na mesa a escritora Diva Pereira Kaastrup, representando a Academia Feminina de Letras do Rio Grande do Sul e que também fora convidada para ser palestrante da noite, Profa. Zola Thorma, diretora da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, representando o Sr. Prefeito Municipal do Rio Grande, Profa. Vania Brown, representando a Reitoria da Universidade do Rio Grande, Jatir A. Coelho e Neuza Matos de Oliveira, diretoras da Companhia Beira-Mar de Amadores de Teatro, Dra. Yeda Penna Rey salomão, Ivanoska Francisca Soares e Maria da Silva Viana (filhas adotivas da poetisa Valquiria Neves Goulart Machado), Teresinha de Jesus Diniz, sendo que para assistir ao evento, as três últimas vieram de Pelotas; os Srs. Dr. Joaquim Luiz da Silva Filho, presidente da Biblioteca Rio-grandense, Dr. João Marinônio Carneiro Lages, Prof. Paulo Menezes, Dom Frederico Didonet. M.D. Bispo da nossa diocese católica, os poetas Carlos Martins da Silva e Décio Vignoli das Neves, Pedro Preto de Ávila, Owaldemar Rodrigues Vianna, Mário Teixeira, Osmarino Pereira, Hugo Torres Diniz,  da Academia Pelotense de Letras. Coriolano Benicio também representava o Conselho Municipal de Cultura, tendo convidado José Coimbra para secretariar a reunião. Este passou em seguida a ler o expediente, constando de fonogramas de felicitações recebidos: - da “Casa do Poeta Pelotense,” firmado pela presidenta Magda Costa, 3, de Brasília, do Deputado Federal Dr. Carlos da Silva Santos e do poeta e jornalista Euclides Ventura de melo, etc. Após haver falado Coriolano Benício, expondo o significado da reunião, fez-se ouvir Oswaldemar Vianna, rememorando as ocorrências mais expressivas da vida de Antônio Frederico de Castro Alves, cuja efeméride de seus 133 anos de nascimento transcorria nesta data de 14 de março. Seguiu-se o desdobramento da parte artística, constando de declamações de poesias do poeta dos escravos, tendo destaque o “Navio Negreiro” declamado com sentimento pelo aluno Vanderley Castanheira, bem como o “Gondoleiro do Amor”, pela aluna Tânia Pereira. Após a Hora de Arte procedeu-se a instalação da Academia Rio-Grandina de Letras, falando por primeiro Coriolano Benício, fixando-se na importância do acontecimento, seguido pelo Jornalista Paulo Menezes, manifestando o seu entusiasmo pelo acontecimento. Depois foi constituído um triunvirato ou Comissão Administrativa, a fim de encaminhar os primeiros passos da novel Instituição Cultural. Ficou a Comissão assim constituída: - Dr. Joaquim Luiz da silva Filho – presidente, o poeta Carlos Martins da Silva – secretário e o Jurista João Marinônio Carneiro Lages – tesoureiro. Procurando prevenir possíveis faltas, foram também designados suplentes: Décio Vignoli das Neves, Coriolano Benício e José Coimbra, todos da Casa do Poeta Rio-Grandino. Falou depois, em nome do triunvirato, Carlos Martins da Silva. Foi após pedido ao auditório um minuto de silêncio como homenagem in memorian à poetisa e jornalista rio-grandina Walquiria Neves do Vale Machado, falecida em pelotas a 31.03.1980. Após ter sido apresentada ao Plenário por José Coimbra, a poetisa Diva Machado Pereira Kaastrup deu início a sua conferência, abordando a vida e obra de Walquiria Neves, o que fez num vibrante apanhado, sendo, ao concluir, vivamente ovacionado pela Assembléia, que o aplaudiu de pé e demoradamente, recebendo depois muitas flores, oferecidas pelas esposas dos poetas presentes. Cabe registrar ainda que a acadêmica Diva Kaastrup trouxe consigo, para doá-lo à Academia Rio-Grandina de Letras, um valioso livro, consoante vários dos presentes tiveram a oportunidade de constatar. Trata-se de  admirável Álbum – em percalina -, de poesias da lavra de Walquiria, escritas pelo seu próprio punho, presenteando a sua amiga Diva e esta, embora considerando o presente como uma relíquia, queria – por isso mesmo – presenteá-lo à Academia Rio-Grandina de Letras, o que fez entregando-o ao Dr. Silva Filho. Como preâmbulo de enceramento, Coriolano Benício agradeceu muito a colaboração que fora dada por vários órgãos, tanto da imprensa local como a de Porto alegre e a de Pelotas. Outrossim agradeceu às Rádios e TV rio-grandinas, bem como a nossa mais que centenária Biblioteca Rio-Grandense, na pessoa do seu atual presidente Dr. Joaquim Luiz da Silva Filho. A reunião foi encerrada às vinte e três horas e vinte minutos e, para constar, dela foi lavrada esta Ata, pelo secretário ad-hoc José Coimbra.”



BREVE HISTÓRICO

A Academia Rio-Grandina de Letras foi fundada em 14/03/1981, por idealistas entusiastas na área da cultura, em reunião realizada na sede da Biblioteca Rio-Grandense, para tão nobre objetivo. Empossada sua 1ª Diretoria, firmado os moldes acadêmicos através do Estatuto e Regimento Interno, designados os Patronos, vencidas as naturais dificuldades de um grupo em formação, partiu a Entidade para seu caminho glorioso, ininterrupto, percorrido até então. Esta trajetória de trinta anos, crescente na literatura citadina, sua propagação, incentivo, abertura junto à comunidade através das sucessivas Diretorias e corpo acadêmico, coloca a Academia em um patamar condizente às próprias finalidades.
Sem quaisquer outros recursos, além das anuidades de seus quadros sociais (membros efetivos e correspondentes), a Academia mantém o próprio expediente de atuação. São realizadas mensalmente duas sessões, abertas inclusive a visitantes, ambas divididas em partes literária e administrativa. As sessões solenes ocorrem por ocasião das posses de novos acadêmicos, e por comemorações de efemérides. Sem possuir sede própria, a Academia vem desenvolvendo suas atividades no Centro Municipal de Cultura, à rua Marechal Floriano Peixoto, nº 91, sala 1.
SÓCIOS HONORÁRIOS DA ACADEMIA
Prof. Eliézer de Carvalho Rios e o Diretor-Presidente do Jornal Agora, Germano Toralles Leite.

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